quinta-feira, 23 de abril de 2009

Organizações de apoio á vitíma


Diga não à violência doméstica


Lute pelos seus direitos e procure apoio nas seguintes instituições


Em caso de emergência

Ligue 112

144 - Linha de Emergência Social / Segurança Social





CIDM
Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres



Esta linha gratuita dá informações sobre os cuidados a ter perante uma situação de problema bem como os procedimentos legais a serem tomados em casos de violência.

É um organismo de Administração Pública que tem como objectivo principal a igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres.

Serviço de informação às vítimas de Violência Doméstica

Telefone: 800202148

Polícia de Segurança Pública

Guarda Nacional Republicana

Polícia Judiciária

Ministério público (tribunal)

Instituto de Medicina Legal





APAV
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima


Apoia de forma individualizada, gratuita e confidencial, pessoas vítimas de crime, prestando apoio emocional, jurídico, psicológico e social.

Rua do Comercio, 56 – 5º Esq.1100-150 Lisboa

Telefone: 707200077 / 218884732

http://www.apav.pt/





AMCV
Associação de Mulheres Contra a Violência Doméstica


Alameda D. Afonso Henriques, 78 – 1º Esq.1049-005 Lisboa

Telefone: 213866722 / 213866723

http://www.amcv.org.pt/





UMAR
União de Mulheres Alternativa e Resposta


Esta associação orienta as mulheres vítimas de violência doméstica, na concretização de uma vida social e psicológica com melhores condições e possibilidades de integração na sociedade e bem-estar consigo próprias, defendendo os seus direitos nas leis e na vida.

Rua de São Lazaro, 111 – 1º andar1150- 330 Lisboa

Telefone: 218864845




EIM
Espaço Informação Mulher

A criação deste espaço fundamenta-se na participação de todos os membros da sociedade, mulheres e homens, nos domínios públicos e privados garantindo a protecção dos direitos humanos tanto das mulheres como dos homens, promove a igualdade entre o homem e a mulher e a independência económica de ambos, concilia tanto para as mulheres como para os homens a vida profissional com a vida familiar, reconhece a necessidade de corrigir os desequilíbrios sociais.


Rua professor Luís Gomes, nº 40, Tapada das Mercês 2725-556 Mem Martins

Telefone: 219178670

Fax: 219178671



Casas de acolhimento

A morada das Casas de Acolhimento não podem ser divulgadas por questões de segurança para as utentes, as mulheres e crianças que se encontrem em situação de risco podem dirigir-se à Segurança Social ou à Câmara Municipal da residência , no sentido de solicitarem ajuda e encaminhamento.


http://www1.seg-social.pt/left.asp?03.06.07.04.01

Estatísticas sobre violência doméstica em 2008


No primeiro semestre de 2008 foram registados mais de 7 800 casos de violência doméstica, dos quais quatro resultaram em morte. As denúncias aumentaram 9% em relação a 2007.



As estatísticas demonstram que, em 87% destes casos, os agressores são homens com idades entre os 25 e os 45 anos, empregados na área da segurança e com estudos superiores.



A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) contabilizou no ano de 2008, 18669 crimes, dos quais 90 por cento se referem a casos de violência doméstica.Em 2008, foram abertos 7852 processos na APAV onde se registaram casos de vitimação e em mais de 36% dos casos foi efectuada queixa/denúncia junto de uma das autoridades competentes.

Na violência doméstica, 90% das vítimas foram mulheres e 90% dos agressores homens.As faixas etárias mais comuns entre as vítimas foram entre os 26 e os 45 anos de idade.


Lisboa foi o principal distrito com 33% de vítimas num total de processos. Seguem-se os distritos do Porto com 11,2%, Faro 10,5%, Setúbal 7% e Braga com 5,7 %.


Os autores de crimes são em 90 por cento dos casos homens, entre os 26 e aos 55 anos de idade.Em termos familiares, autor de crime e vítima são cônjuges ou companheiros em mais de 60% dos casos.


Os lugares onde ocorrem os crimes são na grande maioria na casa comum, mas também 10,6% na residência da vítima e 6,2 em lugares públicos.Os crimes de maus-tratos físicos e psíquicos fazem um total de 64,3 %.






O que fazer no caso de violência doméstica


Mesmo que não existam sinais externos de agressão deve dirigir-se ao hospital mais próximo, centro de saúde ou médico particular para ser observada e tratada.


Os hospitais recebem as denúncias de crimes e aplicam os actos cautelares necessários e transmitem essas denúncias, no mais curto prazo, ao Ministério Público.
Para qualquer destas diligências faça-se acompanhar, se possível, de um familiar ou pessoa amiga.
Deve apresentar queixa contra o agressor, podendo, dirigir-se à esquadra ou elemento da PSP em serviço na urgência do hospital, posto da GNR do local, Polícia Judiciária ou directamente ao Tribunal.
Poderá também dirigir-se ao Instituto de Medicina Legal em Lisboa, Coimbra e Porto, ou aos gabinetes médico-legais, que funcionam em muitos hospitais de todo o País.

Se ao apresentar queixa contra o agressor e receia que a sua integridade física ou psíquica, ou a dos filhos, fique ameaçada, pode sair de casa. Existem casas de acolhimento especificas para esse efeito onde a vítima pode recomeçar a vida com os seus filhos.

Deixar a casa em consequência de maus tratos que possam ser provados não prejudica o direito de ficar com os filhos, quando menores.
A ocorrência de violência doméstica deve, ser conhecida pelos familiares, incluindo os filhos, vizinhos ou pessoas amigas, para poderem prestar assistência e apoio rapidamente e para poderem ser testemunhas em processo-crime ou de divórcio litigioso.



























Como se reconhece um agressor?



Não existem dúvidas quando se aplica maus tratos físicos, sexuais psicológicos ou verbais, podendo ser detectado antes de chegar a essa fase.



Na fase de namoro pode existir sinais de alerta, tais como condutas violentas com outras mulheres, familiares ou amigos, ataques de fúria sem sentido, rígido na forma de pensar, convencido de que tem sempre razão.


Nas relações conjugais o agressor é possessivo exercendo muito controlo sobre a mulher, intervindo no seu dia-a-dia, nas relações familiares e sociais, desvaloriza, desautoriza ou insulta em público.



As pessoas violentas devem procurar ajuda para mudar os seus comportamentos!

As mulheres são as principais vítimas



A maioria das vítimas de violência doméstica é as mulheres, com graves efeitos sobre a saúde física e mental. A violência doméstica pode ocorrer durante anos, semanas ou dias seguidos, por vezes de forma tão violenta que a vítima tem de recorrer à urgência do Hospital. A permanência nas relações violentas pode pôr em risco a própria vida, em Portugal, todos os anos morrem mais de 50 mulheres vítimas de violência doméstica. Romper com a relação exige grande coragem e determinação, mas todos os dias milhares de mulheres, no mundo inteiro, conseguem libertar-se das relações violentas e começar uma vida nova.


Os testemunhos das mulheres são tidos como pouco credíveis pela sociedade em geral e, por isso, muitas mulheres sentem-se prisioneiras isoladas no seu mundo de violência.
Muitas vezes, de vítimas transformam-se em acusadas, poucas acreditam na possibilidade de se libertarem da perseguição dos agressores ou de que estes venham a ser punidos. Suportam o insustentável porque pensam que estão a proteger os seus filhos, ignorando que, ao fazê-lo, estão a alimentar uma espiral de violência que levará a que alguns deles sejam mais tarde, novos agressores. Estamos, pois, perante um problema velho para o qual continua a ser urgente encontrar respostas novas. Será que estaremos a assistir supostamente impunes a casos de violência?


É tempo de agir enquanto ainda há tempo para salvar algumas vidas… É tempo de pormos a mão na consciência…É preciso ultrapassar esta situação não é só através da lei penal que isto se consegue, tem de haver uma intervenção social, apoio psicológico, formação cívica nomeadamente na escola para que tenham uma aprendizagem para que as pessoas aprendam a ter respeito pelos outros desde criança.


É necessário mostrar à sociedade que a violência não e o único caminho, muito menos o mais viável de marcar a nossa posição ou na resolução de um problema, e sim um acto irreflectido que quando exercido poderá causar danos irreparáveis a quem o sofre.

http://www.youtube.com/watch?v=OcY1J-ZKjeQ

O ciclo da violência doméstica

Fase de acumulação de tensão
As agressões são superficiais e pouco frequentes. A vítima utiliza várias maneiras para tentar controlar a efervescência do agressor, humilhando-se e demonstrando aceitação da sua autoridade.
Fase de explosão
As agressões aumentam de intensidade sob qualquer pretexto. A vítima começa a viver aterrorizada, e completamente controlada pelo agressor. As agressões podem durar horas ou dias.
Fase de arrependimento
O agressor mostra-se arrependido pelo sucedido, procura ser carinhoso, amável, e promete alterar o seu comportamento. A vítima tem tendência a desculpar, contraindo a administração da relação familiar. A vítima tende a culpabilizar-se pelo acontecido.
Fase do reinício do ciclo
Quando o agressor sente que foi perdoado, entra novamente na fase de irritação, impaciência, aumentando a tensão, começando uma nova discórdia na relação, então recomeça o ciclo da violência.

O que é a violência doméstica?



Em Portugal, a violência doméstica é um crime público, previsto no artigo 152.º do Código Penal, punível com pena de prisão de 1 a 5 anos.




A violência é um comportamento exercido através do uso excessivo da força além do necessário ou esperado contra qualquer ser vivo ou objecto causando danos físicos, morais e psicológicos.
As causas que podem provocar este tipo de agressões podem ser por motivos culturais, psicológicos, económicos, ciúmes, vícios tais como jogo, álcool, drogas e desemprego.



A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa trata-se de um problema que abrange ambos os sexos e não costuma obedecer nenhum nível social, económico, religioso ou cultural específico.

A vítima de violência doméstica, não tem auto estima e encontra-se presa na relação com quem a agride, apresenta uma atitude de aceitação e incapacidade de se desligar daquele ambiente seja por dependência emocional ou material.

O agressor geralmente acusa a vítima de ser responsável pela agressão, a qual acaba sofrendo uma grande culpa e vergonha impedindo um bom desenvolvimento físico e mental da vítima.

A vítima também se sente violada e traída, já que o agressor promete, depois da agressão, que nunca mais vai repetir este tipo de comportamento, para depois repetir.

Tipos de violência doméstica



Existem vários tipos de violência, tais como violência física, psicológica, emocional, verbal, violência económica, sexual, escolar, infantil, contra a mulher, contra o homem, , contra idosos, embora exista outros tipos de violência estes são os mais importantes uma vez que são exercidos sobre grupos de risco.


A violencia mais comum é a domestica contra a mulher, o objectivo da pessoa que agride é sempre o de controlar a mulher, isolá-la, tornar a mulher frágil e insegura, relativamente à sociedade em que está inserida.


A violência física acontece quando o agressor usa a força causando estragos materiais ou fisiológicos provocando danos irreversíveis nas suas vítimas podendo impedir um bom desenvolvimento físico e mental.
Como por exemplo, bofetadas, puxar, empurrar, esmurrar, beliscar, picar, morder, arranhar, deitar ao chão, socos, pontapés, cuspir, agredir com armas ou objectos (pau, régua, cinto, chicote, faca, etc.)

A violência psicológica consiste num comportamento específico por parte do agressor em que a humilhação, discriminação, depreciação, rejeição, indiferença, desrespeito, punições exageradas e imposição por medo, são formas comuns desse tipo de agressão, que não deixa marcas visíveis na vítima, mas pode levar a graves estados psicológicos e emocionais que marcam para toda a vida, tais como ameaçar fazer mal às crianças, animais, ameaçar usar uma arma, ameaçar matar-se, partir objectos, destruir bens pessoais, dar murros nas paredes, bater com as portas, perseguir através de telefonemas incessantes, e-mails ou mensagens ameaçadores, fazer esperas.

A violência emocional caracteriza-se por criticar pensamentos, sentimentos, opiniões e acções, interromper quando está a comer, a falar, culpar a vitima de tudo o que corre mal, deitar abaixo devido a defeitos físicos, perseguir no contexto do emprego, família ou amigo e amigas, ter atitudes de extremo ciúme, acusando-a de ter amantes e de andar a enganar, controlar as conversar telefónicas, os quilómetros do carro, proibir de usar o telefone, de ver amigas ou amigos, não deixar sair de casa, forçar a fazer coisas degradantes tais como ajoelhar-se, insultar pessoas de quem gosta, amigos ou família, tratar como se fosse uma empregada, não considerar a sua opinião nas decisões da família.

A violência verbal é feita através de palavras, o agressor geralmente utiliza insultos e ofensas com a finalidade de humilhar e atingir de alguma forma um ponto fraco da sua vítima, tais como chamar nomes, fazer comentários cruéis, gritar e berrar.

A violência sexual é caracterizada por qualquer actividade sexual praticada por um homem contra a vontade duma mulher, usando violência física, ameaças verbais ou intimidação, mesmo ocorrendo dentro do casamento ou nas relações de namoro, assim como, criticar a vitima chamando-a de “frígida”, de prostituta, dar toques não desejados, forçar a actos sexuais que não deseja, tal como sexo oral, actuação pornográfica, forçar a ter relações sexuais com outras pessoas, exigir sexo quando está doente, cansada ou depois de lhe ter batido ou violação.

A violência infantil pode ser física ou psicológica geralmente feita por familiares ou adultos próximos à criança, trata-se de uma forma cruel de violência pois a vítima é incapaz de se defender. Um exemplo dessa violência é o abuso sexual de crianças por pedófilos existe um abuso de poder no qual a criança é usada para gratificação sexual de um adulto, sendo induzida ou forçada a práticas sexuais com ou sem violência física ou verbal.

A violência contra a mulher é um acto violento que causa danos ou sofrimento de natureza física, sexual ou psicológica, incluindo ameaças, privação de liberdade, na vida pública ou privada, geralmente praticada pelo marido, namorado ou ex-companheiro.

A violência económica caracteriza-se por tirar o dinheiro, o ordenado, os subsídios e pensões, que a vítima recebe, esconder a situação financeira do casal, negar o acesso à conta bancária, obrigar a pedir dinheiro e a prestar contas, controlar as despesas, o que comprou, quanto gastou, o uso do carro, o uso do telefone.

A violência contra idosos é caracterizada pelo uso da força física para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte. Esta violência praticada pela família ou pelos responsáveis são muitas vezes agravados pela falta de preparação, e pouca sensibilização para a velhice. Quanto maior for o índice de dependência do idoso e a precariedade social, mais provável é ocorrerem situações de violência.

Violência escolar traduz-se numa grande diversidade de comportamentos anti-sociais sobre a forma de exclusão social, agressões, vandalismo ou roubo que podem ser desencadeados quer por alunos quer por outros elementos da comunidade escolar.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Acerca do blog...



Este blog é o produto de um trabalho da disciplina de Projecto Tecnológico da Escola Secundária Fernando Lopes Graça do 12º ano do Curso Tecnológico de Acção Social, do ano lectivo 2008/2009.

Escolhi um tema sobre a violência doméstica nomeadamente nas mulheres vítimas de agressões físicas, psicológicas e verbais por parte do cônjuge.

O objectivo do blogue é mostrar alguma informação sobre o tema e orientar as mulheres vítimas de violência doméstica, no âmbito das várias instituições de apoio à vítima com intenção de alcançar uma vida social e psicológica com melhores condições e possibilidades de integração na sociedade e bem-estar consigo própria, defendendo os seus direitos nas leis e na vida.


Gostava de ajudar algumas mulheres a clarificar algumas ideias, transmitindo alguma informação, sobre o assunto.


Espero que gostem do meu blog e... comentem...é importante ter novas opiniões!